No Dia mundial do
Migrante, 18 de dezembro, acontece em Belo Horizonte, 19 horas, MIS Santa
Tereza, Rua Estrela do Sul, 89, Bbairro Santa Tereza, Belo Horizonte, a
abertura do Cine Migração - Festival de Cinema. O Cine Migração – Festival
Internacional ocorrerá no Brasil nas cidades de Belo Horizonte, Boa Vista,
Brasília, Curitiba, São Paulo, Manaus e Pacaraima no período de 5 a 22 de
dezembro. Em 2019, o festival ocorre entre os dias 28 de novembro e 18 de
dezembro em uma centena de países. As
exibições são gratuitas e ocorrem em locais variados, de cinemas a salas de
concerto, e até de improviso em áreas de difícil acesso e ao longo de rotas de
migração populares, como o corredor trans-Saara.
O Festival ao longo dos anos, os filmes foram
usados para informar, divertir, educar e provocar debates. É com esse
espírito que a OIM, a Organização Internacional para as Migrações, Agência da
ONU, lançou o Festival Global de Filmes sobre Migração (GMFF) em 2016, chamado
no Brasil de Cine Migração. O cinema e a migração têm um vínculo mágico que
remonta há mais de um século atrás, quando cineastas, muitos dos quais eram
imigrantes, começaram a fazer filmes que mostravam um mundo em movimento. Seus
filmes trouxeram as histórias dramáticas, pungentes e cômicas dos migrantes a
diversos públicos, através de imagens que provocaram sentimentos entre pessoas
de todas as culturas.
O Global Migration Film
Festival (GMFF) apresenta filmes e documentários que capturam a promessa e os
desafios da migração e as contribuições únicas que os migrantes fazem para suas
novas comunidades. O objetivo do festival é pavimentar o caminho para uma
discussão maior sobre um dos maiores fenômenos do nosso tempo. Além disso, o
Festival é uma rota criativa e inovadora para normalizar as discussões sobre
migração através da narração de histórias e é uma ferramenta que também pode
chamar a atenção para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das
Nações Unidas, ajudando assim todas as nações que trabalham para alcançá-los.
Filmes
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Jovens
Polacas, de Alex Levy-Heller (2019) - Após meses de pesquisa, o jovem
jornalista Ricardo (Emilio Orciollo Netto) finalmente chega à fase final de sua
pesquisa de doutorado sobre escravas brancas no Rio de Janeiro, também
conhecidas como polacas. Traficadas do leste europeu para o Brasil, jovens
judias foram levadas a acreditar que se casariam até serem levadas diretamente
para os bordéis. Duração -- 96 minutos,
ficção, classificação indicativa 14 anos
·
As Estátuas
de Fortaleza, de Fabien Guillermont e Natália Albuquerque (2019) -É um
documentário que se passa no Brasil entre setembro e novembro de 2018. Traça o
curso de diferentes refugiados venezuelanos que chegaram em diferentes períodos
nos últimos anos no Brasil. De Pacaraima, a Fortaleza e Rio de Janeiro,
passando pelos abrigos de Boa Vista. - 89 minutos, documentário, classificação
indicativa livre
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A Torre, de
Mats Grorud (2018) - Presos entre o céu e o inferno, sempre acampando. A história da
Palestina contada em um campo de refugiados em Beirute. – Duração - 77 minutos,
animação, classificação indicativa 12 anos
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A Orquestra
de Todos os Povos, de Alexis Zelensky (2018) - Você
acredita que a música pode reunir migrantes e refugiados de diferentes partes
do mundo? A Orquestra de Todos os Povos é um curta-metragem de um experimento
musical que está sendo realizado no Brasil. O filme mostra o interessante
processo de construção de uma orquestra chamada Orquestra Mundana Refugi, com
músicos migrantes e refugiados de diferentes partes do mundo, cada um deles
contribuindo com a música. A orquestra também tem como objetivo abordar
questões de preconceito contra migrantes na sociedade brasileira. Duração: 24
minutos, documentário, classificação livre.
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O Ano Novo
da Haru, de Alice Shin (2018) - Ano novo, país novo, escola nova.
Haru tem muito a se adaptar no Canadá. Deve descobrir como fazer novos amigos,
enquanto ainda sente falta dos que deixou para trás no Japão. Duração -
19 minutos, classificação livre.
Importância do Festival
O objetivo
do GMFF é usar os filmes como ferramentas educacionais que influenciam as
percepções e atitudes em relação aos migrantes, chamando a atenção para
questões sociais e criando espaços seguros para um debate e interação
respeitosos. Dessa forma, os cineastas profissionais e emergentes são convidados a enviar
filmes sobre a experiência do migrante de acordo com o tema estabelecido:
A promessa e o desafio
da migração e as contribuições positivas que os migrantes fazem para suas novas
comunidades. Um comitê de profissionais de cinema internacionais seleciona uma
série de produções extraordinárias a serem exibidas para um público diverso:
milhares de pessoas em cerca de 100 países. Como os filmes têm o poder de
mostrar diferentes facetas da vida, o que, por sua vez, pode ajudar os
espectadores a cultivar uma empatia mais profunda pelos migrantes e uma melhor
compreensão de suas realidades, necessidades, perspectivas e capacidades. Daí a
sua importante contribuição sobre o assunto.